quinta-feira, 23 de julho de 2009

TEMPO DA IGREJA INTERCEDER COM FERVOR

É tempo de proclamarmos o SENHORIO DE JESUS, de separar o joio do trigo (Mt 13, 25-30); os peixes bons dos ruins (Mt 13,47-48).
Não dá mais para aceitarmos intercessores que não vivem a santidade; que não testemunham; que não buscam os sacramentos; que não fazem sacrifícios; que não tem intimidade com o seu Senhor; que não assumem verdadeiramente o seu posto nesse exército e que chamados para permanecer na brecha, tem através de seus comportamentos e atitudes, aberto brechas ainda maiores, deixando escancarada a porta para o inimigo entrar.
Intercessores que só se reúnem para bater papo e muitas vezes falar do outro e que nos encontros estão em todo lugar, menos na sala de intercessão.
BASTA!!! NÃO PRECISAMOS DE NÚMERO, pois a Palavra do Senhor é clara: “Porque a vitória não depende do número, mas da força que desce do céu…” (1Mac 3,19).
O Reino necessita de homens e mulheres dispostos a dar a própria vida para que almas sejam arrancadas das mãos de satanás. Homens e mulheres que quando ouvirem do Senhor: “Quem enviarei eu? E quem irá por nós?”, possam prontamente responder: “-Eis-me aqui, envia-me”. (Is 6,8).
O Que é Interceder?
A intercessão é uma oração de pedido, que nos conforma perfeitamente com a oração de Jesus. É pedir em favor do outro, desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus. Na intercessão aquele que ora, não procura seus interesses próprios, mas pensa, sobretudo nos outros: “Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros” (Fl 2,4).
A palavra “intercessão”, em si, quer dizer: a ação de “por-se-entre”. É entrar num campo de batalha, colocando-se nas brechas, não permitindo que o mal avance.
É importante detectar não somente as brechas que estão ocorrendo, mas também saber do Senhor (pela escuta), como ele quer “fechá-las).
A oração de intercessão é uma arma poderosa que desperta a memória de Deus (Is 62,6-7).
Somos chamados a sermos guardas, sentinelas, vigias… Estar alerta para qualquer ação inimiga. O intercessor não tem hora para essa sentinela. A “escala” quem faz é o Senhor. É Deus que muitas vezes nos desperta para intercedermos por algum fato emergencial (Lm 2, 18-19).
Devemos sempre ter em mente que o único mediador junto ao Pai é o Senhor Jesus Cristo: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus”. (1Tim 2,5). Sem Ele nada podemos: “porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo15, 5b). Jesus intercede por nós e quem intercede fica ao lado d’Ele, aprende com Ele, ama como Ele e doa sua própria vida (Jo14, 16-17).
Para intercedermos conforme a vontade de Deus, uma vez que não temos capacidade alguma, faz-se necessário o derramamento do Espírito Santo, o outro Paráclito (defensor, advogado, o educador das almas), que ficará eternamente conosco (Jo14, 16-17) e orará em nós e por nós (Rm 8, 26-27), derramando sobre nós santos dons que são armas para a batalha (1Cor 12,4ss; Rm 12,3-8).
Podemos identificar três etapas na oração de intercessão.
1 – IdentidadeTendo Jesus como modelo, o intercessor deve identificar-se com o irmão que sofre , não ficar alheio ao sofrimento da pessoa.
2 – AgoniaSofrer com o irmão. Conhecer os seus problemas, suas dores e angústias, assumindo-as. O intercessor não consegue ficar alheio. Os profetas no A.T passavam por grandes agonias por querer levar o povo para o caminho de Deus (Moisés, Ezequiel, Jeremias, etc).Por causa de seus sacrifícios, Deus usou-os profundamente como luzes em meio as trevas. Sofreram perseguições, incompreensões, mas Deus usou de tudo isso para dar-lhes autoridade indiscutível quando proferiram o oráculo do Senhor.
3 – AutoridadeA autoridade espiritual é delegada por Deus para aquele que busca uma vida de santidade, que tem intimidade com Deus e que se esforça para fazer a sua vontade. Autoridade divina é o poder que Deus concede a alguém para executar uma missão. Jesus é a presença viva da autoridade de Deus; o Pai o revestiu com toda a autoridade para salvar o homem (Mt 28,18).*Intercessor sem intimidade com Deus, sem vida de santidade, já é soldado vencido.
Jesus é a autoridade de Deus, por isso toda a intercessão é exercida no poder do NOME de Jesus!
A oração torna-se uma luta e esforço para aliviar o sofrimento, a dor do irmão. A nossa perseverança nos dá autoridade espiritual e condições para vencer a situação adversa pela oração. Ë preciso orar até a agonia passar. A paz é a certeza de que Deus recebeu favoravelmente nosso pedido.
- Intercessão é serviço: Para ser intercessor, deve-se ser disponível de tempo e coração. Sua vida torna-se um presente de amor. Ele carrega os irmãos em seus joelhos dobrados. O verdadeiro intercessor deve sair de si mesmo constantemente para colocar o outro em primeiro lugar.
- Intercessão é luta: É combate. É estar de sentinela, permanecendo na brecha, como Jesus (Lc 22,44).
- Intercessão é sofrimento: Com o combate vem a dor (Hb 2,14).
- Intercessão é partilha: como Jesus veio partilhar nosso sofrimento, sofrendo Ele próprio, nós também devemos estar dispostos a compartilhar o que for necessário para ser parte da resposta da oração: “Em tudo vos tenho mostrado que assim, trabalhando, convém acudir os fracos” (At 20, 35a).
- Intercessão é exercício de autoridade: É um método com que Deus ensina seus filhos a vencerem satanás.
*Soldado medroso, covarde, que já vai para a luta derrotado, é presa fácil para o inimigo.*A autoridade não está relacionada ao tom de voz, mas ä vida de santidade.
A intercessão não é algo novo, não é puramente invenção humana. Foi Deus quem quis contar com o homem para salvar seu povo, escolhendo alguns que assim como nós, ao serem chamados para a missão, a primeira constatação foi de que não estavam ä altura de tão importante tarefa.
Deus não olha as aparências, mas o coração, o reconhecimento das fraquezas e limitações, ou seja, a humildade sincera e o esvaziamento de si mesmo permitem que o Senhor possa nos encher com seu Espírito Santo.

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